Agência da ONU para Refugiados se reúne com cátedras de todo o Brasil para discutir ações anuais
A reunião pautou, entre outros temas, a publicação da Acnur sobre a população Warao no Brasil
Texto: Júlia Barbosa
A Agência da ONU para Refugiados no Brasil se reuniu, nesta quarta-feira (14/4), com as Cátedras Sérgio Vieira de Mello de todo o país, em plataforma digital, para pautar e discutir as próximas ações conjuntas na questão da migração e refúgio. A conversa contou com a participação de coordenadoras e coordenadores das cátedras, bem como de agentes da ACNUR, a fim de articular as atividades desenvolvidas.
Na ocasião, foi apresentada a publicação da ACNUR sobre o deslocamento da população indígena Warao no Brasil, que teve seu lançamento oficial realizado hoje (15/4), em cerimônia ao vivo pelo canal do youtube da Agência. A publicação, com o nome “OS WARAO NO BRASIL: Contribuições da antropologia para a proteção de indígenas refugiados e migrantes”, é fruto de um trabalho colaborativo de mais de três anos. Nela, propõe-se uma discussão apoiada por muita pesquisa e reconhecimento da causa sobre a maior população indígena venezuelana refugiada no Brasil.
A pesquisa traz novos dados sobre as comunidades Warao em deslocamento no país, com análises sobre a organização e reconfiguração deste grupo, que vem para o Brasil na busca de proteção e vida digna. Atentando-se para a garantia do exercício de suas culturas, hábitos e relações no território brasileiro, a publicação visa, ainda, apoiar as estratégias e articulações colaborativas na questão dos indígenas refugiados.
A reunião contou, ainda, com a apresentação da ACNUR e Banco Mundial sobre a Integração de pessoas refugiadas e migrantes no Brasil, que trabalha a questão do acesso à educação, trabalho formal e proteção social de refugiados e migrantes venezuelanos no país. O estudo afirma que, segundo os dados mais recentes (outubro de 2020), o Brasil abriga cerca de 261.000 venezuelanos, como migrantes, solicitantes de asilo ou refugiados, o que constitui a maior população refugiada no país.
Além de dialogar e articular estratégias e ações para o ano, o encontro foi uma oportunidade de compartilhar documentos recentemente publicados pela ACNUR no Brasil, como o Perfil Socioeconômico da População Indígena Refugiada e Migrante abrigada em Roraima e o relatório de Interiorização e integração no destino: rede de serviços e parcerias da ACNUR, que podem ser acessados, juntamente com outras várias publicações, no site oficial da Acnur.
Para conhecer melhor o trabalho da Cátedra Sérgio Vieira de Mello, acesse o site e siga as redes sociais da CSVM.
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