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Projeto da UFG auxilia no processo de integração de migrantes e refugiados radicados em Goiânia

Professor envolvido na iniciativa explica os objetivos e quem são os públicos-alvo do projeto de extensão e do curso de formação

Por Giovana Andrade

Tem início nesta quinta-feira (17/02), na modalidade remota, o curso de formação Interculturalidade e Cidadania: o Ensino de Português como Língua de Acolhimento, oferecido pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio de um projeto de extensão interinstitucional em parceria com a Cátedra Sérgio Vieira de Mello (CSVM). 

O curso faz parte do projeto Interculturalidade e Cidadania: O Ensino de PLAC para Migrantes Radicados em Goiânia, que conta com a participação de docentes da UFMT, UFT, IFG, UFG, Secretaria Estadual do MT, e Secretaria de Educação de Goiás.

O professor Cláudio Fonseca (UFMT/UNIFESSPA), que atua na iniciativa, conta que o projeto de extensão teve início em 2020, quando atendeu primeiramente um pequeno grupo de haitianos. “Esta é uma segunda versão mais ampliada, uma vez que está atendendo a outras nacionalidades, tendo seu início em dezembro de 2021”, explica.

Segundo ele, o projeto de extensão passa por um momento em que necessita de um contingente maior de pessoas envolvidas na missão de acolher migrantes que se encontram em processo de integração social na região metropolitana de Goiânia. Nesse contexto, o objetivo do curso de formação é atender a essa demanda, na medida em que a aquisição da língua e da cultura nativas é fundamental para o estabelecimento da autonomia e cidadania dos migrantes. 

Assim, o objetivo do projeto é formar professores da área de Letras para que possam atuar com o ensino de português voltado para comunidades migrantes localizadas na região metropolitana de Goiânia. 

“A partir de uma abordagem dialógica de linguagem, o curso propõe uma reflexão sobre o ensino de português como língua de acolhimento, tendo em vista diferentes concepções de educação, sociedade e cultura que nortearam o ensino de português brasileiro ao longo do tempo”, esclarece o professor.

O público alvo do curso de formação são estudantes de Letras que fizeram ao menos quatro semestres do curso, egressos de Letras ou professores de línguas das redes pública e particular do estado de Goiás. “Já o público alvo do projeto de extensão Interculturalidade e Cidadania: O Ensino de PLAC para Migrantes Radicados em Goiânia são migrantes, sobretudo provenientes da Venezuela, Colômbia e Haiti”, completa Cláudio.

Na perspectiva do professor, o curso de formação tem grande importância na medida em que busca compreender como se pode contribuir para a construção da autonomia e da cidadania de povos migrantes, refugiados ou deslocados forçados.

Já no caso do ensino de português como língua de acolhimento, o projeto contribui com a construção da cidadania de migrantes por meio do ensino de português brasileiro.

O professor finaliza: “Esperamos que os migrantes que façam o curso adquiram maior autonomia e possam aos poucos construir sua independência e cidadania por meio da ampliação do conhecimento da língua portuguesa e respectiva cultura numa perspectiva intercultural e de acolhimento”. 

As aulas acontecem às quintas-feiras, das 19 às 21h, até o dia 13 de abril. As 20 vagas ofertadas foram completamente preenchidas, mas existe a previsão de que o curso volte a ser ofertado no segundo semestre deste ano. 

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