NOTÍCIA CÁTEDRA

A Equipe Olímpica de Refugiados representa uma mensagem de esperança e superação

Aproximadamente, 100 milhões de pessoas foram forçadas a deixar seus domicílios devido a conflitos, perseguições e desastres naturais. Diante dessa realidade, a Equipe Olímpica de Refugiados, criada em 2015, oferece aos atletas refugiados a oportunidade de competir no cenário olímpico, reforçando, sobretudo, a esperança e a resiliência, pilares do espírito esportivo. 

Para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que começam este mês, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou a maior equipe de refugiados já formada, com 36 atletas, uma crescente que demonstra um aumento do reconhecimento dos refugiados e da relevância do esporte na construção de um novo capítulo em suas vidas.

Em comparação, nas Olimpíadas de Tóquio 2020, o grupo contou com 29 membros, enquanto nos Jogos Rio 2016, foram 10 esportistas. Entre eles, destacam-se Popole Misenga e Yolande Bukasa Mabika, judocas oriundos da República Democrática do Congo que encontraram refúgio no Brasil. 

Histórias inspiradoras

Entre os atletas da equipe, destaca-se Yekta Jamali Galeh, uma jovem halterofilista iraniana. Seu nome significa 'a única', um prenúncio da sua história, representada por força e determinação. “Eu acho que minha mãe teve uma vida difícil”, contou em entrevista ao Olympics.com. “E ela me disse que, quando eu estava em sua barriga, ela sentia que eu seria uma pessoa forte. É por isso que ela me deu o nome Yekta.”, compartilhou.

Em maio de 2022, Galeh chegou à Alemanha como refugiada, ano marcado por tensões políticas no Irã, incluindo a morte de Mahsa Amini, que desencadeou protestos. A repressão causou a morte de mais de 300 pessoas, entre elas 40 crianças.

Yekta se tornou uma das esportistas a receber a Bolsa de Atleta Refugiado da Fundação Olímpica para Refugiados, um apoio ao seu treinamento e sua preparação para os próximos Jogos.

No entanto, sua trajetória no esporte é anterior à mudança. Em 2021, ela conquistou uma medalha no Campeonato Mundial Juvenil e ficou entre as dez melhores em sua primeira competição sênior.

Embaixadores da paz

A participação destes atletas nos Jogos Olímpicos vai além da competição. Esta é uma plataforma que pode impulsionar o olhar da sociedade global para a realidade de  milhões de refugiados, frequentemente, invisibilizados, e reforçar suas potências individuais, mas, sobretudo, coletivas. Ao competirem em Paris 2024, representam a esperança de um futuro melhor para todos que tiveram que abandonar suas casas e países de origem.

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que começam em 26 de julho, celebram a diversidade e a inclusão, valores que a Cátedra Sérgio Vieira de Mello compartilha e promove. Ao assistir à cerimônia de abertura e ver a equipe de refugiados desfilar, o mundo será lembrado de que todos têm o direito de sonhar e buscar uma vida mais satisfatória, independentemente das circunstâncias que os cercam.

Para saber mais sobre a Equipe, siga o perfil no Instagram @refugeeolympicteam.

Fonte: ACNUR e Olympics.com

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