Um ano de intensificação no conflito Israel-Palestina: impactos globais e o papel das instituições internacionais

Há um ano, o conflito entre Israel e Palestina voltou a se intensificar de forma significativa, com uma escalada de violência que impactou diretamente a região e reverberou globalmente. O conflito, que tem raízes históricas profundas, remonta à criação do Estado de Israel em 1948, e envolve disputas territoriais, religiosas e políticas. A situação foi agravada pelo não cumprimento da Resolução 242 da ONU, que previa a retirada de Israel dos territórios ocupados​

A recente intensificação da guerra entre Israel e o grupo Hamas, que controla a Faixa de Gaza, resultou em consequências devastadoras para a população civil. Milhares de palestinos foram mortos, milhares ficaram desabrigados, e infraestrutura essencial, como hospitais e escolas, foi destruída. A resposta militar de Israel, por sua vez, foi marcada por bombardeios pesados e restrições severas ao acesso de ajuda humanitária, gerando críticas internacionais e debates sobre possíveis violações de direitos humanos​

Emeline Oliveira, internacionalista, bolsista FAPEG, mestranda em Ciência Política  e Relações Internacionais pela UFG, destaca que a comunidade internacional, e em especial as instituições como a ONU, tem enfrentado desafios em lidar com esse conflito. Criada para a promoção da paz, a Organização tem sua credibilidade abalada ao falhar em implementar resoluções que poderiam ajudar a mediar a situação. Por outro lado, Israel tem uma influência significativa na política internacional, o que complica a aplicação de sanções ou ações diretas contra o país.

É evidente que existe uma disparidade de poder entre Israel e Palestina, isso porque o  Estado palestino não tem o mesmo aparato militar e de defesa, o que coloca a população civil em uma posição de vulnerabilidade constante. Além disso, a ocupação de territórios palestinos e a expansão de assentamentos israelenses continuam sendo pontos de fricção que agravam ainda mais a tensão na região​.

Críticos à comunidade internacional apontam sua inação, com acusações de cumplicidade na perpetuação do sofrimento palestino. A ausência de uma solução viável por meio de negociações diplomáticas mantém o conflito ativo, enquanto cada nova escalada distorce ainda mais a perspectiva de paz.

Em termos de imagem, instituições como a ONU sofrem com a incapacidade de agir de forma decisiva. No entanto, é importante lembrar que as questões são complexas e envolvem múltiplos interesses globais, tornando qualquer solução de paz um grande desafio para o futuro.

Confira abaixo a íntegra da conversa com Emeline Oliveira sobre o tema.