Artigo analisa vulnerabilidades de migrantes brasileiros em Portugal durante a pandemia

Publicado recentemente pela REMHU – Revista Interdisciplinar da Mobilidade Humana, um artigo assinado por Andréa Vettorassi, coordenadora da Cátedra Sérgio Vieira de Mello da Universidade Federal de Goiás (CSVM-UFG), e por Zakia Ismail Hachem, da Universidade de Brasília (UnB), analisa as condições de vida, trabalho e saúde de migrantes brasileiros em Portugal durante a pandemia de COVID-19, com foco no primeiro semestre de 2021. O estudo evidencia como desigualdades estruturais impactaram de forma mais intensa esse grupo no contexto sanitário e socioeconômico do período.

Intitulado “Migrantes brasileiros em Portugal: vulnerabilidades na pandemia COVID-19 e suas relações com o trabalho e a saúde”, o artigo integra o dossiê Novas diásporas brasileiras e foi publicado no volume 33 da revista, em 2025. A pesquisa baseia-se em microdados primários coletados em Lisboa, por meio de questionários estruturados aplicados presencialmente a migrantes brasileiros. A amostra, não probabilística por conveniência, permitiu traçar um panorama das condições laborais e de acesso à saúde enfrentadas por esse grupo durante a pandemia.

O estudo analisa a inserção profissional dos migrantes brasileiros a partir de características sociodemográficas, com ênfase nos marcadores sociais da diferença, como sexo e raça. Os resultados indicam que determinados segmentos enfrentaram maior precarização do trabalho, instabilidade de renda e dificuldades no acesso a serviços de saúde, quando comparados à população portuguesa no mesmo período.

Ao examinar os efeitos da crise sanitária sobre a população migrante, o artigo contribui para o debate sobre migração, direitos humanos e políticas públicas, temática presente também nas ações desenvolvidas pela Cátedra Sérgio Vieira de Mello da UFG, que atua nas áreas de ensino, pesquisa e extensão voltadas à proteção e à promoção dos direitos de pessoas migrantes e refugiadas.

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